sexta-feira, 17 de julho de 2009

Sinopses dos contos - Inspiração à Beira do Abismo

SARJETA: Esponja é um joão-ninguém, alcoólatra inveterado. Seu destino parece traçado de forma irremediável. Nem a presença amiga da prostituta Dina, nem o surgimento de um vira-lata capaz de mexer com seu lado humano, parecem suficientes para interferir em sua trajetória para a degradação absoluta. Então, surge mais alguém em sua vida...

A IDADE DE HELENA: Ao retornar à terra natal, o protagonista relembra as mulheres que marcaram sua vida ali, e descobre que cada uma, ao contrário dele, encontrou seu caminho para uma relativa felicidade. Inclusive Helena, “tão comportada, tão sem assunto, tão sem graça, tão velha”. Nesse reencontro com o passado, ele irá descobrir porque também Helena deixou sua marca, e bem mais relevante do que ele pensa.

O PASSADO EM PAUTA (o mais elogiado de meus contos): O grande tenor Romildo Castelli deixou Recanto quando adolescente, em busca de sucesso. E alcançou tudo que poderia almejar... menos a felicidade. Ao partir, havia jurado jamais sentir saudades do lugar ou da família que não o havia apoiado. E cumpre a promessa... até o dia em que descobre que a mãe tem pouco tempo de vida. A partir daí, o astro repensa toda a sua vida e decide se redimir e buscar uma reaproximação. Mas a forma com que o faz é absolutamente insólita

DEPOIS DO FINAL FELIZ: No aniversário de seu casamento, Estela passa em revista os doze anos de vida em comum. Apesar de o balanço ser negativo, ela decide resgatar a felicidade inicial, mas descobrirá o quanto isso é difícil.

TODAS AS DORES DO MUNDO: H. Zimmer, poeta da dor e do sofrimento alheio, freqüenta ocasionalmente o Bar da Esquina. Quando a filha do proprietário pede como presente de casamento uma poesia com o título “Mar de Rosas”, falando das boas coisas da vida, ele se mostra ainda mais amargo que de hábito. A insistência, porém, é tal, que ele acaba aquiescendo: “Queriam um mar de rosas? Pois iriam ter. Mas seria o seu mar. Seriam as suas rosas.”

PASSARINHO: Lu leva uma vida de dedicação extrema ao trabalho e a atividades assistenciais. É sua forma de fugir de dramáticas recordações que a perturbam. Quando o homem que passou sete anos na prisão sob acusação de a ter violentado retorna a Recanto, ela percebe que não poderá fugir eternamente do passado, e que o presente também encerra muitos riscos. Até porque os maiores inimigos podem estar dentro de sua própria casa.

VAZIO: Ele acorda no meio da noite e, sem estímulos aos sentidos, sente um grande vazio a oprimi-lo. Mas, passados alguns minutos, vai se apercebendo do valor das pequenas coisas. (Mini-conto bastante elogiado por Moacyr Scliar).

MÃOS E ALMAS: A bordo de um velho ônibus, após flagrar a traição de sua noiva, o protagonista luta desesperadamente para ocultar sua angústia. Busca distração observando a paisagem às margens da estrada, ou as mãos de outros passageiros, adivinhando-lhes os dramas. Entretanto, acaba por observar sua própria mão...

INSPIRAÇÃO À BEIRA DO ABISMO: Jovem em profunda depressão, devida, sobretudo, à falta de adaptação ao trabalho, sai de seu quarto, como para fugir de si mesmo. Acaba à beira de um abismo, onde, numa brincadeira sinistra (forma de desprezo às crenças de um mundo que tanto o faz sofrer), ele se imagina tentado pelo diabo, que lhe sugere saltar para a morte.

CANÇÃO PARA LUZIA: Luzia, moça humilde do sítio, vive momento especial diante do assédio de Alex, o filho do prefeito. Após viver uma “noite de princesa” com ele num baile, ela o espera em casa. Enquanto isso, recebe de um jovem vizinho um presente singelo: uma fita cassete com uma canção em sua homenagem. Antes que ela ouça a canção, Alex chega, e Luzia fica sob a influência de vaga mas perturbadora curiosidade, que pode ter importância fundamental na decisão que vai tomar.

NUNCA É TARDE PARA CHORAR: Cansada do desconforto de cuidar do pai inválido, a protagonista desabafa, criticando ferozmente o machismo dele e dos filhos dele. Seu pai já não pode falar, nem fazer qualquer gesto, e as lágrimas são a única mensagem que consegue emitir, na tentativa de se redimir.

SÓ: A solidão sempre marcou a vida do protagonista. Embora se reconheça responsável por isso, ele sente-se incapaz de reverter a situação e se aproximar das mulheres. Numa noite em que a solidão tortura-o sobremaneira, a chuva recoloca em seu caminho alguém a quem ele desprezou no passado. Agora, ele tem em suas mãos a possibilidade de decidir: ou vence o orgulho e aceita a oportunidade, ou afunda de vez na solidão.

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