Esta poesia foi publicada parcialmente em meu livro Inspiração à Beira do Abismo, no conto Todas as Dores do Mundo. Pela tristeza que o caracteriza, tem tudo a ver com o poeta H. Zimmer, protagonista do conto.
RIOS PARALELOS
Têm por foz a mesma dor
De agonia de um amor,
Em suas margens não há flor,
Lentamente se deslocam
Até inquieto mar – o peito –
Sempre sós, pois não tem jeito:
Paralelos são seus leitos;
Lado a lado, não se tocam.
Não há rio nem mar eterno.
Só, talvez o céu e o inferno.
Vem o outono após o inverno.
Primavera não tem vez.
Erosão levou vontade,
Todo amor, toda vaidade.
Leitos secos, sem saudade,
Paralelos na aridez.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
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Belíssimo poema! É reflexivo o notar da saudade que existe entre o paralelo e o distinto... tão próximos e por vezes solitários!
ResponderExcluirAbraços.
LU MARIA
Olá, Lu Maria!
ResponderExcluirJá havia lido seu comentário, mas tinha tão pouco tempo, devido às dificuldades que narro na postagem de hoje, que nem pude agradecer.
Muito obrigado pela visita e pelo carinho de suas palavas.
Grande abraço!